Em julho, a Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro vai virar o centro das atenções dos católicos de todo o mundo devido a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Mas segundo matéria publicada no site do Globo, nesta terça-feira (19) lá está a única Região de Planejamento (RP) da cidade, a de Santa Cruz, onde o percentual de evangélicos (36,9%) é maior que o de praticantes da religião romana (36,7%).
Apesar de o catolicismo ainda ser a religião predominante na cidade, como mostra o último dia da série Retratos Cariocas O Globo, há um número expressivo de pessoas ‘migrando’ para os templos evangélicos, sobretudo nas periferias. A RP de Campo Grande, por exemplo, registra um índice bastante alto de evangélicos (36,4%), seguida pela da Pavuna (32,7%).
Os números estão num estudo feito pelo Instituto Pereira Passos com base nos dados dos censos demográficos de 2000 e 2010. O trabalho, que será disponibilizado na íntegra no Armazém de Dados, site da instituição, mostra que houve uma redução de 61,2% para 51,6% no percentual de habitantes do município que se declaram católicos. Igualmente caiu o índice dos evangélicos tradicionais, que eram 5,4% e, em 2010, chegaram a 3,8%. Em sentido contrário, aumentaram os evangélicos pentecostais (de 11,3% para 12,6%) e os outros evangélicos, nos quais estão incluídas as igrejas neopentecostais, que representavam apenas 1% e hoje são 7%.
A economista Maína Celidônio, do IPP, lembra que o fenômeno não é exclusivo do Rio. Segundo ela, de 1980 a 2003, enquanto a parcela de católicos na população brasileira caiu 15 pontos percentuais, a de evangélicos aumentou 12%.
Fonte: O Globo
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