quarta-feira, 16 de maio de 2012

Casal processa padre que recusou batismo ao filho


Um casal de Belo Horizonte, Minas, processou o padre Milton Tavares (foto), da Paróquia Bom Pastor, que se recusou em fevereiro de 2011 a batizar o seu filho com a alegação de que o pai e a mãe não eram casados na igreja.
No processo, o casal argumentou ter sido humilhado e, por isso, reivindica da Igreja Católica uma indenização por danos morais. O valor, no caso de o pedido ser julgado procedente, será definido pela Justiça.
“Houve discriminação, e essa é uma situação que não cabe na sociedade”, afirmou Eduardo Lopes, advogado do casal.
A mãe do garoto tem 23 anos e é promotora de vendas. Ela disse que por dois meses tentou convencer o padre Tavares porque o seu marido e uma tia do seu filho tinham sido batizados naquela paróquia, e ela queria manter essa tradição.
“Nas três vezes que conversei com o padre, cheguei a implorar para ele batizar meu filho, mas ele disse que não podia”, disse. “Fiquei arrasada.”
O padre negou que tivesse causado danos morais, mas o casal anexou ao processo uma fita de áudio de 4 minutos onde, garantiu a mãe, há provas da humilhação.
“Sou religiosa e acredito em Deus”, disse. “Não sou nenhuma fanática, mas esse padre não quis apresentar Deus a meu filho, que é só uma criança, e eu achei isso um absurdo.”
O padre Jaldenir Vitório, reitor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, disse que o seu colega cometeu “um crime canônico”, porque o Código de Direito Canônico estabelece que não se pode negar o sacramento do batismo a ninguém.
O padre Áureo Nogueira de Freitas, vigário para ação pastoral da Arquidiocese de Belo Horizonte, disse que é recomendável que os pais sejam casados na igreja, mas não existe nenhuma orientação para se negar a celebrar o batismo.
A criança foi batizada em outra paróquia.
Fonte: Paulopes, via O Tempo/mundogospel

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