terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Médico é demitido por considerar homossexualidade pecado, mas ganha causa na Justiça

Eric Walsh é cristão e foi demitido em 2014 do Departamento de Saúde Pública do Estado da Geórgia por acreditar que a homossexualidade é pecado, mas agora será indenizado.


Dr. Eric Walsh é médico, cristão e foi demitido por causa de suas crenças religiosas sobre a homossexualidade. (Foto: Advinticate)

Dr. Eric Walsh é médico, cristão e foi demitido por causa de suas crenças religiosas sobre a homossexualidade. (Foto: Advinticate)
Dr. Eric Walsh, um especialista em saúde pública cristã e palestrante cristão que perdeu um emprego no Departamento de Saúde Pública da Geórgia em 2014 porque acredita que a homossexualidade é um pecado e o evolucionismo é uma "religião criada por Satanás", chegou ao fim de um processo judicial contra o Estado na última quinta-feira (9), no qual pedia uma indenização de quase 250 mil dólares.

O 'Primeiro Instituto da Liberdade', que representou Walsh no caso contra o Estado de Geórgia, disse em um comunicado que o Estado concordou em pagar 225.000 dólares para resolver o processo de discriminação religiosa que envolvia Walsh e o médico aceitou.

"Estou grato por este julgamento ter finalmente terminado", disse Walsh no comunicado. "Tem sido uma jornada longa e difícil, mas vale a pena ter meu nome limpo e garantir que todos os funcionários do governo da Geórgia saibam que desfrutam da liberdade religiosa".
De acordo com o Instituto, a fé de Walsh se tornou um "problema" em seu emprego no início de 2014, enquanto ele trabalhava como diretor de saúde pública da cidade de Pasadena, na Califórnia.

Walsh, um experiente especialista em saúde pública, foi convidado a ser um dos palestrantes na Faculdade de Pasadena, para ministrar seminários durante todo o ano de 2014. Alguns estudantes, no entanto, teriam protestado contra a escolha da Faculdade e expuseram vídeos de seus sermões on-line para reclamar com a instituição sobre as opiniões religiosas do médico. A controvérsia forçou Walsh a retirar-se de uma cerimônia oficial de abertura e ele foi afastado de seu trabalho.

De acordo com o jornal 'Pasadena Star-News', Walsh renunciou no final de maio, "após comentários controversos que ele fez em sermões ministrados em Igrejas Adventistas do Sétimo Dia, os quais estavam disponíveis online. Os sermões condenavam a homossexualidade, islamismo, catolicismo, a cultura popular, a Teoria de Darwin sobre a Evolução e outros grupos e ideias".

Walsh, no entanto, chamou o episódio de sua demissão de uma caça às bruxas.
"Quando eles acessaram a internet para encontrar coisas que prejudicavam minha reputação ou para fazer com que a escola talvez não me escolhesse, o que eles encontraram não era algo escandaloso, não havia desfalque, não havia nada disso, era apenas um monte de sermões", disse ele. 

"Eles tomaram pequenos fragmentos e, é claro, os tiraram de contexto e os enquadraram em um novo contexto. Eles realmente foram capazes de me enquadrar como uma pessoa terrível. Eu fui chamado nos jornais de intolerante, homofóbico e todos os tipos de nomes que não são verdade".
Militantes LGBT se manifestam a favor do casamento gay e da ideologia de gênero nos EUA. (Foto: Reuters)

Investigação de Antecedentes

De acordo com o Instituto da Liberdade, Walsh se candidatou para o cargo de diretor de Saúde distrital no Departamento de Saúde Pública da Geórgia, enquanto ele estava de licença em Pasadena, e informou sobre suas opiniões religiosas e a controvérsia pela qual tinha passado anteriormente.

"Durante minha entrevista com o estado da Geórgia, ofereci informações sobre a situação gerada por estudantes que se queixaram de minhas opiniões religiosas, para que o Estado ficasse consciente de tudo", disse Walsh. "Além disso, meus empregadores anterior falaram diretamente com altos funcionários do Departamento de Saúde Pública da Geórgia para explicar o que tinha acontecido na Faculdade de Pasadena".

De acordo com o Instituto da Liberdade, Walsh foi contratado para o cargo de diretor de saúde distrital no Departamento de Saúde Pública da Geórgia, dependente de uma verificação de antecedentes de rotina.

Em 16 de maio de 2014, um dia antes de começar seu primeiro dia no trabalho, "o Departamento de Saúde Pública do Estado da Geórgia demitiu Walsh via e-mail por causa de suas crenças religiosas", disse o Instituto Liberdade.
Mais de dois anos depois, na última quinta-feira (9), o Primeiro Instituto da Liberdade celebrou a "vitória".

"Esta é uma vitória clara e retumbante para a liberdade religiosa", disse Jeremy Dys, consultor sênior do First Liberty Institute e advogado de Walsh. "Nós sempre soubemos que a lei estava do nosso lado, por isso estamos satisfeitos o Estado da Geórgia tenha concordado em resolver este caso e limpar o bom nome de Walsh".

"Estamos gratos que o estado da Geórgia tenha concordado em resolver o caso e reconhecer o direito de seus funcionários para expressar suas crenças religiosas", acrescentou Dys. "Ninguém deve ser demitido por simplesmente expressar suas crenças religiosas".

Fonte: http://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/medico-e-demitido-por-considerar-homossexualidade-pecado-mas-ganha-causa-na-justica.html


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