Há 21 anos ele deixou de ser travesti, mas até hoje sofre preconceito. No entanto, a discriminação atualmente parte de alguns homossexuais, que não aceitam que ele defenda a “restauração sexual”.
Em entrevista ao G1, Miranda revelou que já foi ameaçado de morte, além de receber ofensas frequentemente por atuar com a esposa ajudando pessoas que o procuram para abandonar o “estado de homossexualidade”.
“A mensagem [enviada pela internet] dizia que meus dias estavam contados e que eu seria destruído”, lembrou. “Os homossexuais são pessoas maravilhosas, profissionais excelentes e não gostam de Parada Gay e exposição. Os ativistas gays é que agridem e nos chamam de homofóbicos e fundamentalistas”, contextualizou o pastor.
Miranda diz que não entende o motivo das ofensas e ameaças, já que a mensagem pregada por ele trata a todos com igualdade: “Não maltrato ninguém. O meu discurso é para mostrar que os homossexuais são pessoas iguais a todas as outras”, afirmou.
Ciente de que existe preconceito dentro e fora das igrejas, Miranda diz que é um fato o desconforto da maioria das pessoas diante de homossexuais: “Sei que, se um travesti sentar ao lado de uma pessoa na igreja, ela vai se incomodar. E não só ali. Se você vir um gay bem ‘pintoso’ no shopping, as pessoas não acham normal”.
Ainda assim, o pastor se dedica ao trabalho de receber e dialogar com homossexuais sobre o tema: “Se eles quiserem sair dessa vida, mostramos que tem uma luz. Porém, que não quiser, não podemos fazer nada”, explicou.
No livro “A Intimidade de um Ex-travesti”, lançado em 2013, o pastor Joide Miranda conta que um abuso sexual aos seis anos de idade, praticado por um vizinho, o influenciaram na escolha pela homossexualidade: “As iscas para me atrair eram balas, chocolates e algum trocados […] Nosso encontros se repetiram outras vezes, sempre de maneira muito discreta e sutil”.
Durante o tempo em que viveu como travesti, Miranda se envolveu com prostituição e atividades criminosas, como tráfico de pessoas. Na prisão, descobriu que havia adquirido o HIV. Hoje, 21 anos depois de abandonar a homossexualidade e 17 após se casar com Edna, o pastor é pai de Pedro, de quatro anos, e diz que se sente em paz: “Amo minha casa, meu filho. Tenho prazer no que faço e me dedico fielmente à pregação”, concluiu.
Fonte: https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=5780112432099250589#editor/target=post;postID=6693203633735660550
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