Um arqueólogo israelense diz ter encontrado a cidadela capturada pelo rei Davi em sua conquista de Jerusalém, em uma área palestina da cidade. Segundo a tradição, foi lá que ele enfrentou, venceu e decapitou o gigante Golias.
A revindicação por Eli Shukron, como muitas dessas revindicações no campo da arqueologia bíblica, tem sido criticada pela falta de provas. Sua afirmação se une a uma série de anúncios por arqueólogos israelenses afirmando terem desenterrados palácios do rei bíblico, que é reverenciado na tradição religiosa judaica pelo estabelecimento de Jerusalém como sua cidade santa principal.
Shukron supõe que a cidadela esteja no meio do bairro palestino de Silwan, ao sul das muralhas de Jerusalém do século XVI. Observadores palestinos e internacionais veem a exploração da área como uma forma de colonização da Jerusalém Oriental tomada da Jordânia em 1967.
A escavação de R$ 22,5 milhões, tornada acessível a turistas no mês passado, é financiado pela Elad, uma organização que compra propriedades palestinas em Jerusalém Oriental e instala judeus em casas fortificadas e vigiadas. Os críticos acreditam que Elad está mais interessada em estender o controle judaico de Jerusalém Oriental do que na precisão histórica.
Ronny Reich, que foi colaborador de Shukron no local até 2008, não concorda com a teoria. Ele disse que a mais cerâmica a partir do século 10 AC, presumivelmente no reinado do Rei David, deveria ter sido encontrada se a fortificação estivesse em uso na época.
O Parque Arquelógico da Cidade de David em Silwan é popular entre os turistas, mas impopular com os palestinos que o veem como parte de uma política para movê-los para fora de suas casas e retomar a área.
Fonte: O Globo
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