domingo, 10 de janeiro de 2016

Cristã relata como foi ser prisioneira do Boko Haram na Nigéria

Imagem: Divulgação

       Mercy* é uma mulher de 22 anos, do estado de Borno, no nordeste da Nigéria. Ela foi sequestrada em junho de 2014, quando os terroristas do Boko Haram invadiram a pequena cidade de Gwoza onde ela morava. Essa é a primeira vez que Mercy fala sobre as cinco semanas que permaneceu em cativeiro, onde foi forçada a se casar, a assistir a assassinatos e a se converter ao Islã.
      “Todo mundo na cidade correu para se salvar. Meu pai e eu fomos separados. Eu não sei o que aconteceu com ele. Eu acho que ele morreu da mesma maneira que muitos outros morreram, porque eles se recusaram a negar a Cristo. Eu e outras quatro mulheres fomos levadas sob ameaças de espancamento, caso não obedecêssemos às ordens”, relata Mercy.
        “Meu primeiro dia foi um inferno, eu chorava muito, mas também orava pedindo a Deus para me dar coragem. Fomos interrogadas, eles nos convidaram a nos tornarmos muçulmanas. As mulheres aceitaram imediatamente e se casaram com membros do Boko Haram. Eu implorei dizendo ser cristã, então apanhei muito e me forçaram a casar com um deles. Participei de ensinamentos islâmicos e orações. Também fui torturada. Vi muitos cristãos sendo mortos, mas não negaram a sua fé. Posso dizer que vi o cumprimento de muitas coisas que li na Bíblia. Graças a Deus fui resgatada após uma campanha do governo e mesmo vivendo entre ruínas agora, sou grata a Jesus por estar viva e livre”, declarou a cristã.
* Nome alterado por motivos de segurança.

Fonte: Portas Abertas

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