quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Trump diz que como presidente, “precisa de Deus ainda mais”, pois decisões mexem com vidas


O presidente Donald Trump afirmou, em uma entrevista, que sente que precisa de Deus mais do que nunca para conseguir cumprir suas obrigações como chefe da nação mais poderosa do planeta.
Trump recebeu David Brody, um correspondente da emissora cristã CBN News, e afirmou que precisa buscar a Deus de forma ainda mais intensa do que quando construiu seu império imobiliário bilionário em Nova York.
“Bem, eu vou te dizer uma coisa, eu sempre senti a necessidade de orar, e você sabe disso. Portanto, eu diria que este posto é tão poderoso que você precisa de Deus ainda mais porque as suas decisões não são mais ‘ei, eu vou construir um prédio em Nova York, ou eu vou fazer isso’. Estas são questões de vida e morte em massa, inclusive no que diz respeito aos cuidados de saúde. Você sabe que estamos trabalhando muito duro sobre os cuidados de saúde. Mas aqui, estamos falando sobre a vida e a morte e você está falando de uma vida melhor”, afirmou o presidente.
Ele destacou que, em seu plano para substituir o projeto social de acesso à saúde criado pelo ex-presidente Barack Obama, a ideia é que as pessoas tenham emprego para tocar a vida, incluindo pagar um convênio médico.
“[A proposta é que] as pessoas vivam melhor, porque elas têm melhores cuidados de saúde a um preço inferior, por isso estamos trabalhando muito duro. Então sim, você percebe que essas decisões são muito importantes”, continuou ele, fazendo referência às responsabilidades como presidente. “Quase nenhuma decisão que você toma quando você está sentado nessa posição não interfere na vida [das pessoas]. Então, Deus vem ainda mais”, acrescentou.
Trump lida com o mau humor da mídia nos Estados Unidos e em boa parte do resto do mundo, por sua postura heterodoxa e conservadora. O presidente, na entrevista à CBN News, afirmou que há “desonestidade e engano total” por parte da imprensa, que se tornou no “partido da oposição”. Ele ainda acrescentou que com todo o preconceito da mídia principal é difícil de acreditar que ele venceu as eleições, e sabe que, em parte, essa vitória só foi possível com o apoio dos cristãos evangélicos.
Durante a campanha, Trump prometeu colocar restrições as pessoas que entram no Estados Unidos, vindo de países propensos ao terrorismo, e que iria corrigir uma barreira imposta pela equipe de Obama aos cristãos perseguidos.
Agora com a caneta na mão, estabeleceu uma suspensão na entrada de pessoas oriundas de sete países de maioria muçulmana, incluindo a Síria, que vive uma guerra civil há anos e tem muitos cristãos entre os que procuram refúgio nos Estados Unidos.
“Sabia que se você fosse um cristão na Síria era impossível, pelo menos muito difícil, de entrar nos Estados Unidos? Se você fosse um muçulmano poderia entrar, mas se você fosse um cristão, era quase impossível e a razão era injusta. Todo mundo foi perseguido, [os terroristas estavam] cortando as cabeças de todos, mas ainda mais dos cristãos. Eu sei que isso era muito injusto, então vamos ajudá-los”, prometeu.

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