quinta-feira, 21 de julho de 2016

Presidente da Palestina culpa Israel por terror mundial

Mahmoud Abbas pede ajuda a União Europeia para "deter Israel"

Presidente da Palestina culpa Israel por terror mundial

Uma decisão da Assembleia Geral da ONU aprovou por maioria a Palestina como um Estado observador não-membro, em novembro de 2012. Pouco mais de dois anos depois (por 488 votos a favor e 88 contra), o Parlamento Europeu apoiou uma “solução de dois Estados”, que reconhece “em princípio” a existência de um Estado da Palestina. Na ocasião, foi anunciado que o Hamas seria removido da lista de grupos terroristas.
Oficialmente, Islândia e Suécia são os únicos países europeus a reconhecer a Palestina como nação independente, incluindo Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental como capital.
Os parlamentos de Portugal, Irlanda, França, Espanha e Inglaterra pediram que suas nações fizessem o mesmo. O Vaticano – cujo regime é único – fez o anúncio oficial em 2015. O Brasil divulgou o reconhecimento em 2010, ainda no governo Lula, anunciando uma doação de 10 milhões de dólares para o Hamas e a doação de um terreno de 16 mil metros quadrados em zona privilegiada de Brasília para a construção de uma embaixada da Palestina.
Nesta quinta (23) foi dado outro passo importante na tentativa dos palestinos de convencerem o mundo que vivem sob ‘ocupação’ de Israel desde 1967. Na assembleia do Parlamento Europeu, em Bruxelas, o discurso de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, foi recheado de frases de impacto e meia-verdades, além de repetir as mesmas mentiras de sempre.
Na porção final de sua fala, Abbas fez uma promessa infundada. “Para que o terrorismo acabe, precisamos criar um estado palestino, tendo como capital Jerusalém Oriental… Uma vez que essa ocupação [de Israel] acabe, o terrorismo terminará… Enquanto isso não ocorrer, o extremismo e o terrorismo naõ terão fim no Oriente Médio e em todo o mundo”.
Através de um argumento questionável e uma lógica falha, tentou jogar sobre o governo de Israel a culpa pelos atentados que ocorrem em todo o mundo em nome de Alá, bem como os assassinatos de cristãos, yazidis e judeus por extremistas como o Estado Islâmico.
Para Abbas, é preciso que Israel seja detido com a ajuda da UE, mas sem especificar como isso seria feito. Mesmo assim, foi aplaudido pelos europarlamentares no final.
Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, afirmou publicamente que “ajudar a assegurar a estabilidade e o bom funcionamento da Palestina é um dever moral para a União Europeia”.
Curiosamente, o presidente de Israel Reuven Rivlin, que discursou no dia anterior no mesmo Parlamento, anunciou que estava disposto a se encontrar com Abbas. O pedido foi recusado pela delegação palestina.
Contudo, em declaração à imprensa, Abbas afirmou que “nossas mãos estão estendidas, no desejo de alcançarmos a paz”. Ele não explicou os motivos de sua recusa. A resposta de Rivlin foi: “Não podemos construir a confiança entre nós, se não começarmos a falar diretamente, sem intermediários”.

Contradições de um líder terrorista

Após ser pressionado pelo governo dos Estados Unidos, Israel aceitou o chamado Acordo de Oslo, quando foi criada a Autoridade Palestina (AP), em substituição à Organização pela Libertação da Palestina (OLP), um grupo político com um braço terrorista. Era um ‘primeiro passo’ para a fundação de um Estado palestino independente.
Em 2005, Abbas foi eleito presidente da AP, mas ele administra apenas a Cisjordânia em nome do seu grupo político-militar Fatah. A Faixa de Gaza é controlada pelo Hamas, reconhecido como grupo terrorista por muitos países. Embora possuam diferenças políticas de fundo religioso, Fatah e Hamas se unem quando se trata de fazer atentados terroristas contra Israel.
Na última semana, por exemplo, uma campanha anunciada promovida pela Autoridade Palestina e líderes do Hamas avisou à população que os muçulmanos palestinos que venderem suas propriedades aos judeus, em Jerusalém, serão incriminados por traição à Alá e podem ser mortos por isso. 
Com informações de Jerusalém Post e Parlamento Europeu

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