quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Deputado da bancada evangélica poderá ter apoio do PT para presidência da Câmara, diz jornalista


Deputado da bancada evangélica poderá ter apoio do PT para presidência da Câmara, diz jornalista
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), líder de seu partido na Câmara e integrante da bancada evangélica, lançou sua candidatura para a presidência da Casa com discurso de valorizar a imagem dos parlamentares frente à população brasileira.
O discurso, considerado corporativista, veio acompanhado da promessa de lutar para que o salário dos deputados seja igual ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, o salário que o STF paga aos ministros é de R$ 29,4 mil, e em breve, um aumento para R$ 35,9 mil deverá ser aprovado.
Eduardo Cunha ficou conhecido como maior articulador político da Câmara dos Deputados e no primeiro semestre deste ano ocupou manchetes por fazer oposição a ações do governo de Dilma Rousseff (PT), apesar de seu partido ser o principal aliado da presidente.
Por ser da bancada evangélica, Cunha já tem o apoio do PSC – partido do pastor Marco Feliciano -, e agora conseguiu do Solidariedade. Ambos foram oposição a Dilma nas últimas eleições e apoiaram Aécio Neves (PSDB) no segundo turno.
“Aconteça o que acontecer, a candidatura será levada a plenário em fevereiro de 2015. Com o PMDB na presidência, tivemos ganhos institucionais que garantiram a independência do Legislativo. Não defendo nem oposição nem submissão ao governo. Quero defender o direito de governabilidade do governo, mas serei respeitoso com a oposição, com o direito de obstruir. Nada mais do que isso, ninguém vai inventar a roda ou fazer bravata. Quero garantir melhores condições de trabalho para que nossos parlamentares possam exercer com dignidade [sua função] e perder a vergonha de dizer que é deputado fora daqui”, discursou Eduardo Cunha, segundo informações do jornal O Globo.

Apoio do PT

A princípio, o PT lançaria a candidatura de Arlindo Chinaglia para concorrer com Cunha, mas de acordo com informações do jornalista Felipe Patury, há correntes no partido que defendem o apoio ao membro da bancada evangélica.
“Nenhum deputado admite oficialmente, mas há uma negociação para que PT e PMDB façam um acordo para a eleição da nova mesa diretora da Câmara em fevereiro. O acordo passa pelo apoio dos petistas à eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje líder do partido, e a ocupação da primeira vice-presidência por um nome do PT. O partido da presidente Dilma Rousseff gostaria de lançar um nome para disputar a eleição para a presidêndcia da Casa. Mas ainda não arregimentou forças políticas para isto”, escreveu Patury em sua coluna no site da revista Época.
Fonte:Gnoticias

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