sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Possível vitória da evangélica Marina Silva é apontada como “histórica” pela imprensa internacional

Possível vitória da evangélica Marina Silva é apontada como “histórica” pela imprensa internacional
A possibilidade de Marina Silva (PSB) vencer Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) e se tornar a primeira evangélica eleita pelo voto direto do povo no Brasil vem sendo destacado pela imprensa internacional.
A agência de notícias Reuters classificou a possibilidade como “histórica”, em se confirmando, pois o Brasil é ainda hoje o maior país católico do mundo.
“Marina Silva, uma ambientalista que protagoniza uma corrida acirrada nas pesquisas com a atual presidente Dilma Rousseff é uma cristã pentecostal que muitas vezes invoca Deus na campanha eleitoral e afirma que às vezes consulta a Bíblia em busca de inspiração na tomada de decisões políticas importantes”, destacou o texto do jornalista Anthony Boadle.
O fato de atualmente os evangélicos somarem mais de 22% da população, com um crescimento expressivo a partir dos anos 2000, também é destacado pelos analistas sociais que avaliam o cenário político do Brasil nestas eleições.
“A ascensão dos evangélicos tem motivado comparações com a ‘direita religiosa’, que começou a influenciar a política dos EUA na década de 1980. Existem diferenças importantes – a maioria dos brasileiros são politicamente bem à esquerda dos americanos, talvez inevitavelmente, em um país com uma das maiores lacunas do mundo entre ricos e pobres -. Marina e Dilma Rousseff ambas se definem como socialistas e propõem programas de bem-estar robustos”, resume Boadle.
Disputas políticas entre os líderes evangélicos são apontadas como um dos fatores que impedem “a formação de um bloco unificado”, que teria maior capital político e capacidade de mobilização.
“Pela primeira vez em uma eleição no Brasil, há dois candidatos evangélicos concorrendo à presidência. Marina ofuscou o segundo, o esperançoso pastor Everaldo, embora ele tenha deixado sua marca em debates, acusando o governo de Dilma Rousseff de pisotear os valores da família e buscar legalizar o aborto”, resume a matéria veiculada pela Reuters e disponibilizada para inúmeros veículos de imprensa do mundo todo.

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