Embora transmita a imagem de flexibilidade em assuntos polêmicos, o papa Francisco demonstrou nesta segunda-feira, 13 de janeiro, não abrir mão dos princípios cristãos e criticou duramente a prática do aborto.
Para o pontífice católico, o aborto faz parte da “cultura do descarte” e lamentou que “infelizmente, objetos de descarte não são apenas os alimentos ou os bens supérfluos, mas muitas vezes os próprios seres humanos”.
A crítica de Francisco ao estilo de vida promovido pelo modelo atual de capitalismo, em que sempre se descarta o usado por um novo, segue a linha adotada por ele para seu pontificado. Anteriormente o papa já havia condenado o sistema econômico que amplia as diferenças sociais e perpetuam a pobreza dos menos favorecidos financeiramente.
“Causa horror o simples pensamento de que existam crianças que jamais poderão ver a luz do dia, vítimas do aborto”, disse Francisco durante a mensagem de início de ano aos diplomatas que são embaixadores de seus países no Vaticano, segundo informações da Folha de S. Paulo.
As declarações do papa foram assimiladas pela imprensa internacional como um compromisso com a doutrina tradicional da Igreja a respeito do sexo, apesar de declarações anteriores do próprio Francisco criticando a ênfase que os católicos dão ao assunto.
Com a dura crítica feita ao aborto, Francisco delineia sua postura a respeito de mais um assunto polêmico e dá mais um passo adiante rumo à pretendida reforma no Vaticano.
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