O seminário “Diferentes mas iguais” promovido
pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) e pelo deputado federal Jean Wyllys
(PSOL-RJ) ontem, 15/05, no Senado reuniu militantes homossexuais e políticos
para debater o PL 122.
Durante o seminário, o deputado Ronaldo Fonseca
(PR-DF) afirmou que é errado que os evangélicos sejam taxados de “inimigos
número um da causa LGBT”, por discordarem de termos do PL 122.
Fonseca, que também é pastor, afirmou que “o
evangélico não concorda com a prática homossexual, mas isso não significa
homofobia. Ser evangélico é respeitar e promover a tolerância”. O deputado
também reclamou que não foi concedido a ele o direito de resposta quando um dos
participantes afirmou que os evangélicos são “todos homofóbicos”.
De acordo com informações do jornal “O Estado de
S. Paulo”, a senadora Marta Suplicy afirmou que as dificuldades em aprovar o
projeto se devem a “uma minoria que é muito barulhenta e se posiciona”,
referindo-se aos evangélicos.
Suplicy ainda ressaltou que há no Senado
políticos favoráveis ao projeto, mas que não se posicionam por medo da reação
dos eleitores: “Essa maioria silenciosa vai se posicionar se a população civil
se posicionar a favor do projeto”.
Sobre essa declaração de Marta, o jornalista
Reinaldo Azevedo afirmou que a senadora pretende aprovar a lei através de
pressão: “A senadora Marta Suplicy (PT-SP) decidiu que é preciso aprovar a tal
lei anti-homofobia no berro”.
Marta Suplicy declarou que “esse projeto pode não
ser suficiente para acabar com o preconceito imediatamente”, porém em seu
entender se faz necessário: “Não podemos viver em um país onde os homossexuais
são vítimas de bullying nas escolas ou são espancados em plena Avenida Paulista,
o que às vezes resulta em suicídios e assassinatos”.
Entre os participantes, o presidente da ABGLT
(Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais), Toni Reis, afirmou que
aguarda a aprovação do PL 122 e citou os exemplos de Chile e Argentina, que
recentemente aprovaram leis semelhantes à discutida no Brasil.
Reinaldo Azevedo afirmou em artigo publicado em
seu blog no site da revista Veja que “a dita lei anti-homofobia, mesmo na versão
amenizada que está no Senado, é um coquetel de inconstitucionalidades”.
Há por parte dos ativistas gays um pedido para
que a senadora Marta Suplicy apresente novamente a versão original do PL 122,
para votação nas comissões pelas quais ainda tem que tramitar, antes da votação
em Plenário.
Fonte: Gospel Mais | Divulgação: Midia
Gospel
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