A celebração de ano novo organizada pela Igreja Universal do Reino de Deus em Luanda, capital de Angola, terminou em tragédia.
O evento, denominado “Vigília da Virada – Dia do Fim”, foi realizado no Estádio Nacional Cidadela Desportiva, e reuniu mais de 70 mil pessoas. A superlotação do espaço resultou em morte de 16 pessoas e ferimentos em outras 120, de acordo com informações da AFP.
As vítimas fatais sofreram esmagamento e asfixia, segundo informações do porta-voz da Defesa Civil, Faustino Sebastião, que foi ouvido pela Agência de Notícias Angop. O tumulto teria começado durante a distribuição de um líquido supostamente ungido.
Entretanto, o pastor da Universal Ferner Batalha afirmou que solicitou auxílio das autoridades angolanas e da Cruz Vermelha, para a organização do evento, alertando sobre a possibilidade de tumulto: “Esperávamos 70.000 pessoas, mas esse número foi amplamente superado”, disse, antes de completar: “Procuramos autorização para realizar o culto há cerca de vinte dias atrás, e foi-nos concedida permissão”
O colunista Herculano Coroado, do site Club K, criticou a desorganização da Igreja Universal: “Um punhado de brasileiros sedentos de dinheiro e poder aproveita a fragilidade das instituições do Estado e o desespero dos angolanos. Usa a media e o populismo e junta os seus próprios crentes para um fim claro: sacrificá-los aos seus ‘deuses e candomblés’, especialmente num tempo em que a igreja enfrenta uma estagnação, baixa na frequência dos seus cultos e a forte competição da Igreja Mundial que pode ser sentida a olho nu”.
No Brasil, o site da denominação ignorou a tragédia em Angola e noticiou apenas que milhares de pessoas estiveram presentes na celebração de ano novo no Brasil.
Com o tema “Felicidade e vida plena”, o site Arca Universal ressaltou a grande concorrência por lugares no templo da avenida Celso Garcia, em São Paulo, para a celebração.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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