Debate científico histórico foi reiniciado nos EUA
Durante a 2ª Conferência da Busca de Inteligência Extraterrestre (SETICon 2), o astrofísico Alex Filippenko, da Universidade da Califórnia fez uma declaração que reascendeu o debate entre criacionistas e cientistas.
“Será que o Big Bang exigiu uma centelha divina?”, “ O Big Bang pode ter ocorrido apenas graças às leis da Física”, disse Filippenko, Em seguida, arrematou: “A questão, então, é: ‘Por que existem leis da física?’ E você poderia dizer, ‘Bem, isso exige um criador divino, que criou essas leis da física e da faísca que ajudou a partir das leis da física a criar esses universos, ou talvez mais de uma. Uma ‘centelha divina’ foi quem gerou as leis da física! E eu não sei o que produziu aquela centelha divina. Então, vamos deixá-lo nas leis da física.”
Mas ele ressaltou que há um abismo entre mostrar que um Deus não seria necessário para o Big Bang ocorrer e provar que Ele não existe. “Não acho que você possa usar a ciência para provar a existência ou não existência de Deus”, asseverou.
O astrônomo Seth Shostak, do Instituto SETI (Search for Extraterresterial Intelligence), colaborou com a discussão, com um argumento igualmente polêmico.
“Flutuações quânticas podem gerar o cosmos. Se aqui nesta sala você ‘torcesse’ o tempo e o espaço da maneira certa, poderia criar um novo universo, embora não se saiba se conseguiria entrar nele. Então pode ser que este universo é apenas um projeto de ciências de uma criança em outro universo. Não sei como isso afeta suas tendências teológicas, mas é algo a considerar”.
As flutuações quânticas que estes especialistas referem permitem a criação de energia e matéria a partir do “nada”, parecendo ecoar o argumento usado pelos criacionistas de que Deus criou tudo a partir do nada.
O astrofísico britânico e autor Stephen Hawking, já defendeu esse argumento em seu livro 2010, “The Grand Design”. Ele disse na época “Porque existe uma lei como a gravidade, o Universo pode criar a si mesmo do nada. Geração espontânea é a razão pela qual existe algo em vez de nada, por que o Universo existe, por que nós existimos”. No ano passado, Hawking provocou uma onda de controvérsia quando disse que Deus não existe e que não há céu.
Em uma entrevista ao jornal The Guardian, Hawking sentenciou: “Eu considero o cérebro como um computador que vai parar de trabalhar quando seus componentes falharem. Não há céu nem vida após a morte para computadores que pifam, isto é um conto de fadas para as pessoas que tem medo do escuro”.
Consultado pelo portal Gospel Prime, o mestre em Engenharia Nuclear e pastor Rubens Teixeiracomentou o assunto:
O próprio astrofísico Alex Filippenko deixou claro algo realmente irrefutável: “Não é possível usar a ciência para provar a existência ou não existência de Deus”. As leis da física foram criadas por quem? E realmente não há mais nada novo para a física ou outras ciências descobrirem? A dialética do debate científico que gera novas descobertas encerrou? Claro que não. Ou seja, esta declaração é inerte no debate a respeito da existência de Deus. Eu creio que Deus existe por fé e por experiência própria. Quando creio em Deus e me relaciono com Ele, pela fé, em nada me atrapalha na ciência.
Dos 21 anos de cursos acadêmicos que frequentei, sem repetir em qualquer disciplina em nenhum deles, tive milhares de horas de estudos de disciplinas relacionadas à física clássica e quântica, química e matemática, além de muitas outras ciências. Nunca vi nada que pudesse me fazer crer que Deus não existe.
Por outro lado, não foram nesses estudos que aprendi que Deus existe, foi na Bíblia. Não vejo na ciência argumentos ou contradições com a minha fé que possam me fazer desconfiar que Deus não exista.
Com informações Discovery.com
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